Essa edição vai ser um pouco diferente, fragmentada, pois não me encontro em um momento de tanta plenitude. Sei nem se isso faz parte mesmo da condição humana ou se é um mito que nos contamos.
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As notas do meu celular guardam pedaços de mim: pensamentos soltos, versos desgarrados, senhas que eu deveria guardar em um lugar mais seguro, diálogos ou cenas dessa gente fictícia que povoa minha mente.
Deparei-me com isso:
você está tentando pensar em uma história, porque histórias tornam a vida suportável.
nós nos contamos histórias o tempo todo, sobre quem somos e quem queremos ser.
Decidi fazer mudanças drásticas em um livro que estou escrevendo, comentei muito brevemente por aqui sobre ele. Estava com uns onze capítulos, mais dois interlúdios de contos que fariam sentido mais tarde na trama.
Inspirado em Enraizados, Castelo Animado e contos de fadas. Talvez um toque de Piranesi e Mar Sem Estrelas. Uma mistura de coisas com uma Floresta Mágica TM no coração de tudo. Nada planejei, só fui indo até descobrir o que está escondido nela. Ao compreender, dei esse passo para trás.
Enfim, assisti Princesa Mononoke, do Miyazaki. Também vai entrar para essa lista de inspirações. Talvez fosse o detalhe que faltava? Não sei.
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Mal tenho aparecido nas redes sociais, estou em conflito comigo mesma. Quero falar das minhas leituras, ser presente, lembrar às pessoas que existo e que, apesar de tudo, não desisti dessa parte de mim.
Não tenho sido muito carinhosa comigo mesma sobre a história que estou me contando de quem sou. Pensamentos intrusivos, sabe como é. Às vezes, eles roubam nossa força.
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Quero lançar algo em Outubro, sempre quis lançar algo em Outubro. Gosto desse mês, assim como gosto de Março, o mês em que nasci. Se não tivesse nascido em Março, ia querer ter nascido em Outubro ou Novembro.
Prometo que não é nenhum sentimento racional. Até correria o risco de ter Sol em Libra, mas ia preferir ter o ferrão do Escorpião.
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Esse ano, eu pensei em desistir de escrever mais de uma vez. Desatei a chorar feito criança sempre que o pensamento me assaltou. A verdade é que eu nunca ia parar de escrever, só de publicar.
Ler essa edição do Encruza, do Eric Novello, discutindo sobre o que é sucesso na literatura, me lembrou de uma coisa bem simples: apenas quero ser lida.
E já fui, estou sendo. Vou me apegar a isso.
Como diriam alguns personagens de Mike Flanagan:
O resto é confete.
Por hoje é só!
A minha amiga Paloma organiza todo ano o desafio Primavera Macabra, pelo qual eu sou apaixonada. Vocês podem conferir ela explicando com mais detalhes aqui.
Em resumo, é para comemorar o Dia das Bruxas com leituras dentro da temática, mesmo que não sejam de horror. Já separei alguns livros para recomendar para vocês e as leituras que desejo fazer. Espero vir com uma edição especial da news para comentar sobre isso com vocês.
Agradeço a todo mundo que continua nessa jornada comigo.
Até a próxima!