Não sei se estou me sabotando. Como explicar algo que nem eu mesma entendo direito? É um sentimento esquisito.
Penso em desistir como quem pensa em uma saída de emergência de forma metafórica, então me lembro de que parece haver um grande nada do outro lado. Quero dizer, desistir só significa arranjar outra coisa para fazer no meio desse intervalo no espaço-tempo.

Carrego um descompasso. Sempre mais um tropeço, e assim eu fico do avesso. Parece que tudo esqueço.
Meu humor melancólico pede histórias mais sombrias que nascem e morrem em suspiros de parágrafos. Vislumbro bruxas que brincam com sangue, conversam com cadáveres, percorrem a calada da noite tranquilas por saberem que são a criatura mais perigosa há quilômetros de distância.
Há muito tempo decidi que só colocaria no mundo minhas tramas mais esperançosas, que abraçassem o leitor. Ando repensando isso. A esperança brilha mais quando persiste apesar de estar cercada pelo terror.
Percebi que muitos dos meus livros envolvem o luto de algum jeito; Noites de Insônia retrata isso diretamente, enquanto A Rainha de Dois Reinos aborda o tema de forma abrangente em diversos de seus personagens.
Acho que o livro da Floresta, aquele que estou escrevendo agora a passos de tartaruga, também vai falar flertar com esse tema. Pergunto-me o que isso explica sobre mim. Talvez tudo, talvez nada. De qualquer jeito, esse livro ainda vai ganhar muitas metamorfoses nas minhas mãos.
Em outras notícias
Agora eu tenho um site de gente grande, feito por mim mesma. Sigo estudando programação, então resolvi colocar no ar um dos meus projetos.
É engraçado como algo tão simples me faz sentir como se estivesse dando mais um passo concreto na carreira, seja lá qual delas. Me conta depois o que achou do site?
Por hoje é só
Não se preocupem, estou em movimento e melhorando depois do caos que foi Março. O desanimo também vai passar, como tudo.
Agradeço a todo mundo que segue me acompanhando!
Até a próxima 💜